Nova ortografia: Ortografia Oficial
Nova ortografia – Em dezembro de 2014 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa passou a ser obrigatório em todos os países que falam língua portuguesa, inclusive o Brasil. Saiba agora tudo sobre a nova ortografia e quais são as novas regras a serem seguidas.
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O Acordo Ortográfico
Há muitos anos o países de língua portuguesa vinha discutindo uma maneira de simplificar o idioma nos diferentes países, uma vez que apesar de ser o mesmo idioma o português tem variações em cada local, por exemplo algumas palavras que no português do Brasil têm significados diferentes no português de Portugal. A partir dessas discussões alguns países se reuniram com o intuito de criar o um acordo ortográfico para que algumas palavras fossem grafadas da mesma maneira em todos os países de língua portuguesa. No ano de 1990 o acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado por oito países, incluindo o Brasil.
Mas esse acordo só entrou em processo de implantação em 2009, mas não era obrigatório ainda, uma vez que no período de 2010 a 2012 foi para adaptação de livros didáticos e para a própria população se acostumar com a novas regras.
Assim durante esse período, provas de vestibulares, Enem, concursos e outras não cobravam o uso das novas regras na sua escrita.
O novo acordo ortográfico deveria entrar em vigor já no ano de 2013, mas a fim de acompanhar o cronograma de implantação de outros países de língua portuguesa, o Brasil estendeu esse prazo para 2016. Assim desde o dia 1º de janeiro de 2016 o novo acordo ortográfico da língua portuguesa passa a ser obrigatório em todo o território nacional e em mais oito países.
Nova Ortografia: Novas Regras Ortográficas da Língua Portuguesa
Com as novas regras de ortografia em vigor é preciso ficar atento ao que muda na hora de escrever, uma vez que será considerado como erros gramaticais em provas, concursos, e o Enem (a principal forma de entrada em uma universidade atualmente). Confira abaixo o que muda :
Alfabeto
A primeira mudança pode ser estranha a alguns, mas só agora o alfabeto português possui 26 letras, uma vez que foram incluídas as letras K, W e Y.
Os acentos podem ser as mudanças que mais geram dúvidas: Palavras paroxítonas que tem o acento gráfico nos ditongos EI e OI não têm mais acento. Exemplo:
- Estréia – Estreia
- Idéia – Ideia
- Paranóico – Paranoico
- Assembléia – Assembleia
- Geléia – Geleia
- Jibóia – Jiboia
- Apóio – Apoio
- Platéia – Plateia
- Jóia – Joia
- Bóia – Boia
- Coréia – Coreia
Outras palavras que perderam seu acento foram: creem, deem, leem, veem e seus derivados: descreem, desdeem, releem, reveem e as que tem acento no último o do hiato(Os hiatos são o encontro de vogais de sílabas diferentes): Voos, enjoo, abençoo.
Acentos diferenciais
Os acentos diferenciais das palavras também não são usados mais. Exemplo:
- Pára (verbo) – Para
- Pará-brisa – Para-brisa
- Péla (substantivo) – Pela
- Péla (verbo) – Pela
- Pela (per+la)
- Pêra – Pera
- Pélo (verbo) – Pelo
- Pêlo (substantivo) – Pelo
- Pelo (per+lo)
- Pólo (substantivo) – Polo
- Polo (por+lo)
Trema
O trema foi totalmente eliminado da língua portuguesa, seu uso não era obrigatório e agora não existe mais, com exceção às palavras estrangeiras e em nomes próprios.
Hífen:
O hífen é usado em palavras que a segunda palavra começa com a mesma vogal que a primeira palavra. Exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório, arqui-inimigo, semi-integral, micro-organismo.
Usa o hífen quando a segunda palavra começar com H: tele-homenagem, proto-história, sobre-humano, extra-humano, pré-história, anti-higiênico, semi-hospitalar.
O hífen quando o primeiro elemento acabar com vogal e o segundo começar com vogal diferente deixa de existir: socioeconômico, semiárido, autoestima, infraestrutura, ultrainterino.
Não se usa quando o primeiro elemento terminar em vogal e o segundo elemento começar com R ou S. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno, extrarregular, minissaia, biorritmo, microssistema, ultrassom, antissocial.